Nossas duas orelhas funcionam como antenas de radar que registram os sinais acústicos vindos de inúmeras direções. As estruturas complexas de cada orelha processam os sinais recebidos e os transmitem ao cérebro, onde interpretamos nosso ambiente acústico.
Quando as orelhas captam o som, o cérebro calcula de que ângulo veio o som. Isto é possível, pois a orelha mais próxima do som o recebe micro-segundos antes da outra orelha. Com apenas uma orelha funcionando adequadamente, a origem do som não pode ser determinada.
Suponhamos, por exemplo, o som de um carro se aproximando: o ouvido mais próximo recebe o som um pouquinho antes que o outro, e levemente mais alto. Usando as informações acústicas processadas com precisão, o cérebro consegue calcular a direção de aproximação do caminhão, além da distância que o caminhão se encontra.
Outro fator importante é que com a somação das duas orelhas há a melhora na compreensão de fala. Com isso, podemos afirmar que a adaptação binaural traz inúmeras vantagens, como: localização sonora, somação binaural, melhoria da compreensão de fala em ambientes ruidosos, dentre outros
